HABEMUS PAPAM
Num dia de 8 de maio, Arcanjo São Miguel, pela misericórdia divina, apareceu aos fieis com a finalidade, sempre, de fazer o povo se aproximar de Deus. Tal aparição se deu sobre o Monte Gargano, na Itália.


HABEMUS PAPAM
Num dia de 8 de maio, Arcanjo São Miguel, pela misericórdia divina, apareceu aos fieis com a finalidade, sempre, de fazer o povo se aproximar de Deus. Tal aparição se deu sobre o Monte Gargano, na Itália.
Num mesmo dia 8 de maio, mas de 2025, a Santa Igreja Católica elegeu seu 267º Papa, que adotou o nome de LEÃO XIV.
Robert Francis Prevost, de 69 anos, é originário do norte do continente americano, nascido em Chicago, Estado Illinois, EUA, foi feito cardeal por seu antecessor, Papa Francisco, e no Consistório de 30 de setembro de 2023, aquele o tornou cardeal, atribuindo-lhe o diaconato de Santa Mônica.
É o primeiro papa agostiniano da história.
Cresceu sob o teto da família e os olhos atentos dos Padres Agostinianos, no Seminário Menor. Depois, foi forjado intelectualmente na Villanova University, na Pensilvânia — onde, em 1977, graduou-se em Matemática com um flerte sério com a Filosofia. Mas, naquele mesmo ano, em 1º de setembro, ele fez mais que ingressar num noviciado: entrou de corpo e alma na Ordem de Santo Agostinho, na Província de Nossa Senhora do Bom Conselho, em Chicago. A primeira profissão veio como um voto à eternidade, em 2 de setembro de 1978. Os votos solenes selaram o pacto em 29 de agosto de 1981.
Seguiu o itinerário teológico na Catholic Theological Union, em Chicago. Mas foi Roma quem o chamou — e ele obedeceu. Aos 27 anos, partiu à Urbe para estudar Direito Canônico no Angelicum, a universidade de Santo Tomás de Aquino. Ali, no coração da Igreja, foi ordenado sacerdote em 19 de junho de 1982 por Dom Jean Jadot. Um altar. Um colégio. Um chamado eterno.
Licenciou-se em 1984. No ano seguinte, já como doutorando, foi enviado ao Peru: missão agostiniana em Chulucanas. Em 1987, defendeu sua tese sobre o papel do prior local da Ordem e, em seguida, foi nomeado Diretor de Vocações e de Missões da Província de Chicago.
Mas o mapa de sua vida espiritual seguia para o Peru. Em Trujillo, ocupou funções que são, por si, um tratado sobre serviço e entrega: Prior da comunidade, Diretor de Formação, formador de professos. Entre 1988 e 1999, foi também Vigário Judicial da Arquidiocese de Trujillo e professor de Direito Canônico, Patrística e Teologia Moral. E, como se não bastasse, fundou, cuidou e consolidou duas paróquias em regiões pobres: Santa Rita e Nossa Senhora de Monserrat. Evangelizou com o verbo e com o suor.
Em 1999, foi eleito Prior Provincial. Em 2001, o mundo agostiniano lhe entregou o bastão maior: foi escolhido Prior Geral da Ordem de Santo Agostinho, reeleito em 2007. Não foi um cargo — foi um peso glorioso.
Retornou a Chicago em 2013. Voltou como conselheiro, vigário provincial e diretor de formação. Mas Deus o queria bispo. Em 2014, Francisco o nomeou administrador apostólico de Chiclayo, no Peru, elevando-o a bispo titular de Sufar. Sua ordenação aconteceu em 12 de dezembro, dia da Virgem de Guadalupe. Seu lema? Uma flecha de Agostinho ao coração da Igreja: “In Illo uno unum” — “No único, somos um só”.
Foi confirmado bispo de Chiclayo em 2015. Em 2018, vice-presidente da Conferência Episcopal Peruana, presidindo a Comissão de Cultura e Educação. Em 2019, foi chamado a integrar a Congregação para o Clero. Em 2020, também para os Bispos. No meio disso tudo, cuidou da diocese de Callao como administrador apostólico. Sempre discreto, sempre firme.
A Roma, voltou com outra missão. Em 30 de janeiro de 2023, foi nomeado Prefeito do Dicastério para os Bispos e Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina. Em 2024, assumiu oficialmente. Participou, como protagonista, da Assembleia Sinodal da Igreja em Roma — experiência que já conhecia desde os tempos de Prior Geral e representante da União dos Superiores Gerais.
Mas Roma não é só honra. É cruz. Em 4 de outubro de 2023, foi incluído nos Dicastérios mais estratégicos da Igreja: Evangelização, Doutrina da Fé, Igrejas Orientais, Vida Consagrada, Cultura, Educação, Textos Legislativos, e até mesmo na Comissão do Estado do Vaticano. Um só homem, muitos encargos. Um só nome, muitas missões.
Por fim — e não por acaso —, no dia 6 de fevereiro deste ano, foi promovido à Ordem dos Bispos, recebendo o título da Igreja Suburbicária de Albano. E como um pastor fiel, em 3 de março, na Praça de São Pedro, presidiu o terço pela saúde do Papa durante a internação de Francisco. Um gesto simples, mas que selou o que todos já sabiam: aquele homem já estava, há tempos, entre os grandes da Igreja.
Fonte bibliográfica: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2025-05/robertum-franciscum-prevostleone-xiv.html