Um hábito firme e perpétuo de dar a cada um aquilo que é seu, isso é justiça.

Marketing mal planejado ou proposital?

O futuro das Havaianas já está traçado.

OPINIÃO

Luiz Carlos Cezar

12/23/20252 min ler

Marketing mal planejado ou proposital?

O futuro das Havainas já está traçado.

O que vai acontecer com as havaianas? Nada. Daqui uns dias todo mundo esquece.

Natal está aí, reveilón também, estes dois eventos são mais do que suficientes para embaçar a vontade do brasileiro e fazê-lo esquecer de suas reivindicações pretéritas. O brasileiro não tem como cultura o cancelamento permanente de marcas, e isto é um fato já provado, reaprovado, constatado por qualquer consciência. Quer provas?

Se assim fosse, se de fato o brasileiro tivesse a firmeza de decisão permanente sobre suas preferências salutares, já teriam rejeitado os serviços de Santander (museu queer), do banco Itaú (maior financiador petista), da Magazine Luiza, (petista declarada), já teria deixado de comprar produtos chineses, país que é o maior violador de direitos humanos do planeta. E, no entanto, o brasileiro consome seus produtos ou serviços quotidianamente sem qualquer pingo de rejeição na consciência.

Tudo gira em torno da vontade firme, permanente e determinada de ser contrário ao mal ou, ao menos, ser contrário a empresas, grupos, pessoas que pensam e agem diferente dos valores dominantes de um povo.

E quais são os valores dominantes no povo brasileiro? Pão e circo, e mesmo naqueles se julgam “di direita”.

Antes que o mal leitor me cancele, como está fazendo, momentaneamente, com as Havaianas, que depois do réveillon já terá esquecido das razões de tal cancelamento, peço que reflita sobre o histórico desta nação.

Ajudo nisso: Padre Antônio Vieira, em seu “Sermão do Espírito Santo”, já traçou a personalidade deste povo amado: o brasileiro é uma murta, uma estátua de murta: “a estátua de murta é mais fácil de formar, pela facilidade com que se dobram os ramos, mas é necessário andar sempre reformando e trabalhando nela, para que se conserve”. Leia a obra e exponha meu erro, se houver erro nesta minha afirmação.

Se assim o fosse, os que se diziam defender Bolsonaro e que chegaram a dizer que “Se o Bolsonaro for preso, vai feder” (lembra disso?), teriam feito alguma coisa, efetivamente. Há 6 meses ele está preso e a única coisa que fede são os crimes contra os aposentados e os diversos outros ilícitos, escândalos e atos de corrupção envolvendo políticos, neste país, e talvez o hálito do que prometeu fazer algo e não fez.

Você acredita mesmo que o senhorzinho, agoniado para pagar suas contas, para comprar os presentes das crianças para o natal e ocupado com pensamentos sobre mulher pelada, cerveja gelada, futebol e dinheiro, estará preocupado com o fato de tal atriz ter feito um tal comercial sobre uma tal sandália de dedo?

Logo, concluo que o brasileiro é, no fundo, um preguiçoso e se adequa perfeitamente ao ambiente e nada faz para mudá-lo. Uma perfeita murta. Mas enquanto houver vida, haverá esperança.