DA MISERICÓRDIA DIVINA: CASO ASSIM NÃO FOSSE NINGUÉM VIVERIA

O primeiro domingo após a Páscoa, a Igreja celebra a festa da Divina Misericórdia. Esta festeja a bondade e misericórdia de Deus para com seus filhos pecadores.

Luiz Carlos Cezar

4/27/20253 min read

DA MISERICÓRDIA: CASO ASSIM NÃO FOSSE NINGUÉM VIVERIA

   E se para todo crime a punição fosse aplicada imediatamente ao ato? Imagine que um ladrão, tão logo roubou, a mão já fosse decepada imediatamente; um mentiroso que ao ter proferido a última palavra, a língua foi cortada; o fiel, que ao findar o último minuto do dia, caiu morto pelo crime de ter faltado à missa do dia, ferindo o terceiro mandamento da lei de Deus. Ora, isto seria a justiça plena e sem qualquer piedade. Seria justo, não? Sim, seria justo, mas isso seria fruto de qualquer outro ente, menos do Deus vivo, que abunda misericórdia e piedade.

    Hoje, a Igreja celebra o domingo da misericórdia, fruto das visões de Santa Maria Faustina Kowalska, que mostrou ao mundo a misericórdia do Senhor, cuja festa hoje celebramos.

                 “Ó alma submersa nas trevas, não te desesperes,

         nem tudo está perdido, fala com teu Deus, que é

        Amor e Misericórdia mesma”. (Jesus à Santa Faustina)

   Primeiro domingo após a Páscoa, festejamos a Divina Misericórdia, festa esta instituída por São João Paulo II, por ocasião dos pedidos feitos por Nosso Senhor à sua serva Santa Faustina Kowalska, religiosa polaca, que tanto contribuiu com sua vida para a salvação das almas.

A HUMILDE APÓSTOLA DA DIVINA MISERICÓRDIA - UM FAROL ACESO EM MEIO ÀS TREVAS DO SÉCULO XX.

   Nascida em 1905, numa aldeia esquecida da Polônia, filha de camponeses pobres e de uma fé grandiosa, Helena Kowalska — antes de ser Faustina — sabia o que era rezar descalça, dividir o único vestido entre irmãs para poder assistir a Missa e trabalhar como doméstica para sustentar a família. A fome formou o corpo, a oração formou a alma.

   Desde os 7 anos, ouvia o chamado. Mas, como todo chamado verdadeiro, foi testado pela resistência dos homens: seus pais recusaram-lhe o convento. Ela obedeceu, mas Deus, que escreve certo por linhas certas, não desistiu dela. Até que, aos 19 anos, num baile qualquer, no meio de risos tolos e danças vazias, Cristo lhe apareceu — coberto de chagas, olhando-a com a paciência ferida de um Deus que ama demais.

                    “Até quando Me farás esperar?” — disse Ele.

   Ela não hesitou. Saiu do salão, ajoelhou-se na primeira igreja que encontrou e decidiu: "Vou viver para Ti."

   Sem dinheiro, sem apoio, sem plano — só com uma fé indomável — partiu para Varsóvia, vagou entre conventos sendo rejeitada como "pobre demais", "ignorante demais", "inútil demais".

   Até que as Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia aceitaram-na, sob a condição de que ela trabalhasse como criada. Ali, Maria Faustina descobriu que a grandeza do céu passa pela vassoura, pelo prato lavado, pela humilhação bem recebida. Ali, Deus começou a desvelar o que havia reservado para ela.

   Em 1931, no convento de Płock, Jesus apareceu à jovem freira: branco como neve, dois grandes feixes de luz — vermelho e branco — saíam de seu Coração. Pediu que fosse pintada uma imagem fiel, com as palavras: "Jesus, eu confio em Vós."

   Mais: ordenou que fosse criada uma festa especial em honra à Sua Divina Misericórdia, celebrada no domingo após a Páscoa.

   Rejeitada por muitos, ridicularizada por outros, Faustina encontrou apoio no Beato Miguel Sopoćko, que acreditou em sua missão. Sob orientação dele, escreveu seu diário — "A Misericórdia Divina na Minha Alma" — um dos livros mais extraordinários da mística cristã.

   Durante anos, sofrendo de tuberculose, orou pelos pecadores, ensinou o Terço da Divina Misericórdia, e profetizou:


                    — Uma nova guerra virá (e veio);
                    — Sua mensagem seria negada (e foi);
                    — Mas depois, triunfaria (e triunfou).

   Em 1938, morreu jovem, aos 33 anos — a mesma idade de Cristo —, mas deixando ao mundo uma tábua de salvação em meio ao naufrágio da modernidade: a confiança na Misericórdia de Deus.

  Sua canonização, feita por São João Paulo II em 2000, não foi mero reconhecimento: foi um ato profético, instituindo o Domingo da Divina Misericórdia como remédio oficial para um mundo à beira da ruína espiritual.

🌟 Hoje, Santa Faustina nos lembra com palavras que queimam como brasas:

                    "As almas que confiam na Minha misericórdia são as mais felizes. Eu

                    mesmo as cuido como Minha própria glória." (Diário, 1273)

   Não se trata apenas de crer, trata-se de confiar — e confiar como quem entrega a vida nas mãos que foram trespassadas por amor.

   A misericórdia de Deus, infinitamente bondosa e amorosa, jamais cortaria, de plano, a mão, o braço ou a língua do pecador, daria aquele espaço para o arrependimento, a conversão da alma, afinal, sem o arrependimento não pode haver conversão e a morte súbita, sem o tempo para o arrependimento, dificilmente fará com que o pecador se converta e se salve, em que pese sobre isto, somente Ele pode dar a palavra final.

   Com isso, caso Deus não fosse misericordioso com todos, ninguém viveria, pois subitamente o crime cometido seria vingado.

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